A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) participou na conferência “50 e oltre. Paesemuseo, l’utopia possibile” que decorreu a 25 de maio, no Teatro Municipal de San Sperate, na Sardenha (Itália). No ano em que se comemoram os 40 anos da Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a “Vila Museu” italiana assinala também o cinquentenário das suas manifestações artísticas, iniciadas por Pinuccio Sciola (1942-2016).
O impacto da Bienal Internacional de Arte de Cerveira foi o tema da intervenção da FBAC, tendo sido abordada a importância da aposta nas artes plásticas como fator de diferenciação na atração de artistas, residentes, visitantes/turistas. Nas palavras da vice-presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Margarida Barbosa: “São dois municípios separados por 1.522,33 quilómetros, mas que têm muito em comum, designadamente a arte como agente impulsionador do desenvolvimento territorial, social e cultural”.
O programa da conferência “50 e oltre. Paesemuseo, l’utopia possibile” envolveu duas sessões, sendo que da parte da manhã o evento contou com a supervisão científica da Universidade de Cagliari, tendo sido promovida uma reflexão sobre a “Vila Museu” a figura do artista Pinuccio Sciola, com a contextualização no panorama da arte contemporânea italiana.
Organizado pela Associação Noarte Paesemuseo, o painel da tarde incluiu, entre outras, a comunicação da Fundação Bienal de Arte de Cerveira e apresentou alguns estudos de caso onde a arte estabelece relações e proporciona o desenvolvimento do território.
Organizada pelo Município de San Sperate, em parceria com a Fundação Sciola e a Associação Noarte, a iniciativa promoveu uma reflexão retrospetiva da arte como “utopia possível”. A conferência integrou a programação do festival Sant'arte, que pretendeu homenagear o legado artístico de Pinuccio Sciola, impulsionador da revolução cultural que transformou San Sperate num ponto de interesse para artistas e intelectuais de todo o mundo.
