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Avaliada reparação da cobertura da Capela de Santa Luzia em Campos

2015/05/21

Prosseguindo com a política de preservação e valorização do património arquitetónico do concelho, a autarquia cerveirense, em estreita colaboração com a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN), está a iniciar um processo de conservação da Capela de Santa Luzia, em Campos, classificada como imóvel de interesse público desde 1982. O objetivo é a sua integração no projeto da DRCN de dinamização do Românico no Alto Minho.
Datado pelo menos do século XII, o imóvel localizado na freguesia de Campos encontra-se com graves problemas de conservação, tendo mesmo recebido uma visita técnica daquela entidade, no sentido de aferir as necessidades e as melhores metodologias de intervenção que possibilitem a transmissão do imóvel para as gerações futuras. O seu enquadramento rural, algo isolado do conjunto populacional, associado ao facto de ser erigida sob uma nascente de água e inserida no meio de campos agrícolas alagadiços, acentua as dificuldades de conservação.
Após esta fase de diagnóstico e avaliação de patologias, a autarquia pondera a possibilidade de avançar com o desenvolvimento de projeto integrado e uma candidatura ao novo quadro comunitário, nomeadamente a fundos que venham a ser associados ao projeto da DRCN.
Segundo a nota histórico-artística descrita no Portal do Património Cultural, a Capela de Santa Luzia de Campos é uma daquelas construções “tremendamente difíceis de catalogar estilisticamente. Por um lado, possui caraterísticas fortemente conotadas com o Românico rural e tardio, como a extrema robusteza das paredes, a parca iluminação do interior, a singeleza do projeto ou os modilhões lisos e, por outro lado, o seu portal principal é em arco apontado, confirmando uma campanha construtiva em pleno tempo gótico. Na realidade, são dois os períodos construtivos identificados no conjunto, estando separados por cerca de dois séculos, mas o aspeto geral é de uma relativa homogeneidade, circunstância conferida pela modéstia arquitetónica e decorativa das duas empreitadas”.
Adquirida pela Fábrica da Igreja Paroquial de Campos, a Capela estará ligada a um desconhecido mosteiro que, eventualmente, se instalou naquele local numa época muito recuada.