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Mensagem do Presidente
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Minhas Senhoras e Meus Senhores,
É com humildade, sentido de dever e profunda responsabilidade que tomo hoje posse como Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira.
Quero agradecer a todos os cidadãos que confiaram e votaram na minha candidatura, sem dúvida uma lição de democracia, bem como a todos os que me acompanharam e apoiaram neste percurso.
Assumo novamente esta missão com a mesma determinação de há quatro anos, mas com uma consciência ainda mais apurada da importância de cada decisão, de cada gesto, de cada palavra. Servir Cerveira é, para mim, uma honra e, acima de tudo, uma obrigação de respeito para com todos os que aqui vivem, trabalham e acreditam no futuro do nosso concelho.
Com a democracia conquistámos um direito muito valioso — a liberdade de expressão. Um direito que nos permite pensar, discordar, propor e sonhar. Mas também um direito que acarreta responsabilidades. Vivemos tempos em que, independentemente do nível cultural ou da formação de cada cidadão, as palavras circulam com rapidez e, muitas vezes, sem ponderação. E é por isso que, hoje mais do que nunca, devemos recordar que a liberdade só se sustenta quando é exercida com respeito e civismo.
Na vida, e especialmente na política, quem exerce cargos públicos deve fazê-lo com responsabilidade, dedicação, transparência e respeito. Mas, acima de tudo, deve ser exemplo. Exemplo para os mais novos, para as famílias, para a comunidade.
Vivemos tempos conturbados — tempos de populismos destrutivos, de mensagens fáceis e falsas, que se espalham pelas redes sociais como verdades instantâneas. Tempos em que a crítica se tornou fácil e em que, muitas vezes, o ataque pessoal substitui o debate de ideias. Perante este cenário, temos a obrigação moral e cívica de ser diferentes.
Temos o dever de dar o exemplo. De contribuir para uma sociedade mais justa, mais informada e mais solidária. De promover o conhecimento e o esclarecimento, não apenas junto dos mais jovens, mas em toda a sociedade. A política, quando é exercida com verdade, é uma das formas mais nobres de serviço público.
E é isso que quero continuar a representar. Uma política feita de diálogo, de escuta, de trabalho, de proximidade. Uma política que une e não divide. que constrói e não destrói. Durante os últimos anos, a nossa atuação tem sido clara e coerente: Debate de ideias, positividade, envolvimento da população e esclarecimento permanente. É esse o caminho que nos trouxe até aqui e é esse o caminho que vamos continuar a percorrer.
A nossa forma de estar na vida pública tem procurado sempre ser pedagógica — mostrar que é possível fazer política com valores, com respeito e com verdade. E que quem lidera um município tem a responsabilidade de ser exemplo, não apenas pela obra que faz, mas pela forma como o faz. Quer na ação governativa, quer nos períodos eleitorais, procurámos sempre debater ideias e apresentar soluções, sem cair na tentação da crítica vazia ou da desinformação.
E é isso que diferencia quem acredita verdadeiramente na democracia: a capacidade de dialogar, de ouvir, de aceitar a diferença e de trabalhar em conjunto.
Cerveira merece isso.
Merece líderes que honrem a confiança que lhes é depositada.
Merece instituições fortes, transparentes e exemplares.
Merece uma política que eduque, que eleve, que inspire.
Por isso, assumo este novo mandato com o compromisso de continuar a servir com verdade, com humildade e com proximidade. De continuar a trabalhar por um concelho que seja sinónimo de cultura, de sustentabilidade, de juventude e de qualidade de vida. E é também nesse espírito que reforço o papel central da cultura na identidade cerveirense.
A nossa Fundação Bienal de Arte é um símbolo vivo da liberdade criativa e do diálogo internacional que sempre definiram Cerveira. é a prova de que, mesmo num concelho pequeno, podemos ter uma dimensão global quando acreditamos no poder transformador da arte e do conhecimento.
O Palco das Artes, por sua vez, é a expressão contemporânea dessa energia coletiva — um espaço que acolhe, que promove, que celebra o talento e a partilha. Juntos, Bienal e Palco das Artes são o reflexo da nossa visão: uma Cerveira que preserva as suas raízes, mas que olha o futuro com ambição cultural, social e educativa.
E não posso deixar de falar de um tema que tem ocupado muito do meu tempo e da minha dedicação: o nosso Castelo. Concessionado a um privado em 2019, foi uma herança difícil, uma armadilha de um passado que não olhou ao interesse público. o concessionário não cumpriu os prazos nem zelou pelo património, e o executivo, embora sem concordar com o modelo, cumpriu sempre os prazos legais e defendeu os interesses do município. Paralelamente, desenvolvemos projetos para devolver o Castelo à população — ouvindo os cerveirenses, promovendo atividades com as escolas e fazendo dos mais jovens parte da sua história, através das Curtas do Castelo. Esta luta não é contra alguém, é a favor de todos. é a luta pela dignidade do nosso património, contra a vontade daqueles que só olham ao interesse particular. E digo-vos com convicção: vamos continuar a trabalhar para devolver o castelo aos cerveirenses, porque ele é nosso, é da nossa memória e da nossa identidade.
Caros Cerveirenses,
Neste novo ciclo, continuaremos a investir na modernização do concelho, afirmando Cerveira como um território de inovação, de cultura e de qualidade de vida.
Destaco o centro de inovação, que será um pólo de atração de talento, tecnologia e empreendedorismo, promovendo o emprego qualificado e a fixação de jovens no nosso território.
Em Loivo, a requalificação da antiga escola primária deu lugar ao primeiro albergue de peregrinos de Cerveira — um exemplo de valorização do património, de apoio ao turismo sustentável e de afirmação da nossa identidade.
Na educação, continuaremos a apostar na melhoria dos equipamentos e na criação de condições para as crianças e jovens. lançaremos um protocolo entre a escola, as empresas, a câmara e outras entidades para promover experiências profissionais, conhecimento cívico e político, e uma maior participação social dos nossos jovens.
Na cultura, Cerveira reforçou o seu papel como capital de arte e criação, promovendo uma programação diversificada, aberta e inclusiva.
E em todas as freguesias investimos na rede viária, no saneamento, nos parques de lazer, nas tradições, nos espaços de convívio e na melhoria do património local — um trabalho de proximidade e de respeito pela identidade de cada comunidade.
No próximo mandato, continuaremos a apostar nos vetores sociais, na educação e na cultura como pilares do desenvolvimento humano.
Reforçaremos o apoio às famílias, aos jovens casais e à habitação, promovendo novas vagas em creche, habitação a custo acessível e apoio nas férias escolares.
Valorizaremos o emprego e a inovação, criando condições para a fixação de empresas, para o desenvolvimento de novos projetos empreendedores e para o crescimento sustentado do nosso território.
E entre as obras que marcarão este novo ciclo, destaco a requalificação do bairro social, a renovação do mercado municipal e o novo centro de saúde — investimentos estruturantes para uma Cerveira mais justa, mais próspera e mais humana.
Que este mandato seja um tempo de construção, de união e de exemplo. Que possamos mostrar, juntos, que é possível fazer política com seriedade e humanidade. E que a liberdade, conquistada com tanto esforço, continue a ser o nosso bem mais precioso — mas exercida sempre com respeito, civismo e responsabilidade.
Viva Cerveira! Viva a democracia! Viva Portugal!
Muito obrigado.
Rui Teixeira,
31 de outubro de 2025
Discurso de tomada de posse

