Passar para o Conteúdo Principal

Investigação da UM traz novos dados sobre a arte rupestre de Cerveira

2016/08/03

Foram identificadas cerca de 40 novas gravuras rupestres no concelho de Vila Nova de Cerveira. O trabalho de campo, recentemente desenvolvido por uma equipa da Universidade do Minho, com o apoio do Município, vai agora avançar para uma fase mais técnica/de gabinete para inventariar, estudar, conservar e divulgar mais esta descoberta de arte rupestre, consolidando a história cerveirense.

De grande riqueza patrimonial, Vila Nova de Cerveira é um concelho que apresenta um elevado potencial arqueológico que agora se alarga à arte rupestre, apresentando concentrações muito significativas de gravuras que remontam às origens históricas em formações rochosas situadas nas encostas e chãs da Serra da Gávea e que, desde há vários anos, suscita o interesse de profissionais e a curiosidade de visitantes.

O mais recente estudo decorreu ao longo do passado mês de julho, com uma equipa de cinco investigadores da Universidade do Minho a pesquisar arte rupestre em Cerveira, na sequência do projeto de investigação de pós-doutoramento “Paisagem e representação do poder na Pré-história Recente: Arte Atlântica e Estátuas-Menir”.

O trabalho consistiu na deteção de gravuras mediante a realização de prospeção sistemática de áreas de maior potencial, originando a descoberta de cerca de 40 novos locais gravados. Para cada uma das gravuras identificadas procedeu-se à contextualização física e arqueológica dos locais, à limpeza dos afloramentos, ao estudo técnico e formal das gravuras e ao levantamento fotogramétrico.

Os dados recolhidos vão agora ser analisados e sistematizados em gabinete, afim de se proceder à sua inventariação e definição de estratégias para posterior proteção e conservação. De sublinhar que, dando continuidade à estratégia de promoção de Vila Nova de Cerveira enquanto polo de turismo cultural, a Câmara Municipal está já a preparar com os investigadores uma visita guiada às gravuras, a ter lugar no próximo mês de setembro equacionando a criação alguns trilhos e sinalizações que divulguem este e outros legados já descobertos.

O grupo de investigadores da Universidade do Minho constituído por alunos do Mestrado e Licenciatura em Arqueologia da Universidade do Minho, sob a coordenação do Doutor Manuel Santos Estévez, pós-doutorando da Universidade do Minho, e da Prof.ª Doutora Ana Maria dos Santos Bettencourt, Professora Auxiliar com Agregação da mesma instituição de ensino.