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Cruzeiro Seixas visita exposição do centenário do Dadaísmo na FBAC

2016/03/16

Mário Cesariny, Eurico Gonçalves e Cruzeiro Seixas. São estes os três grandes ícones das artes plásticas em Portugal representados, até 9 de abril, na exposição comemorativa do centenário do Dadaísmo, em Vila Nova de Cerveira. Cruzeiro Seixas, considerado um dos precursores portugueses do surrealismo, com 96 anos, vai visitar amanhã, ao início da tarde, esta mostra.

A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) convida o público a viajar um século no tempo e a visitar o Cabaret Voltaire, o epicentro do Dadaísmo, dentro do Museu Bienal de Cerveira. “A ideia foi recriar, no próprio espaço expositivo, o ambiente onde surgiu o movimento e permitir ao visitante uma experiência artística inovadora”, explica o coordenador artístico e de produção, Cabral Pinto. O público pode, assim, sentar-se numa mesa do cabaret, enquanto aprecia as mais de 50 obras representativas “dos três artistas portugueses que mais se identificaram com esta tendência artística, também muito influente em manifestações posteriores”, explica.

A inauguração da mostra, que decorreu no passado sábado, contou com a presença do Presidente da FBAC, Fernando Nogueira, bem como das vereadoras da Cultura de Vila Nova de Cerveira e Viana do Castelo, Aurora Viães e Maria José Guerreiro, respetivamente.

A vanguarda artística e cultural dadaísta teve origem durante a Primeira Guerra Mundial (1916), questionando de forma irreverente o conceito de arte, servindo-se de várias formas de expressão na composição das obras (objetos, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc.). Possuía como caraterística principal a rutura com as formas de arte institucionalizadas, apresentando um forte cariz anárquico e de crítica ao capitalismo e consumismo. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, o movimento teve como principais embaixadores: Hugo Ball, Man Ray, Marcel Duchamp, Francis Picabia, Sophie Täuber, Tristan Tzara e Hans Arp.

A mostra “100 anos de Dadaísmo”, patente até 9 abril, conta com o apoio da Fundação Cupertino de Miranda e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira.