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Iniciado processo de conservação da Capela de Santa Luzia

2017/01/09

Considerada um importante exemplar da arquitetura e da arte das épocas românica e gótica a nível nacional, a Capela de Santa Luzia, na freguesia de Campos, está a ser alvo de trabalhos de conservação e valorização executados pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, em parceria com a Fábrica da Igreja de Campos. Objetivo é conseguir financiamento comunitário para uma requalificação mais profunda de forma a colocar aquele edifício no roteiro do turismo religioso.

Nesta primeira fase, a intervenção a decorrer incide essencialmente na reabilitação da cobertura, após a elaboração de um diagnóstico das necessidades em parceria com a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN). Durante o mês de dezembro, e atendendo ao avançado estado de degradação dos frescos, procedeu-se não só à proteção, mas também à consolidação das pinturas nos murais do interior. Nas próximas semanas, avança-se com a remodelação total do telhado.

Contudo, pela classificação como imóvel de interesse público desde 1982, a Câmara Municipal pretende executar um projeto mais ambicioso, através de uma candidatura denominada ”Conservação e Valorização da Capela de Santa Luzia” que abrange o restauro das pinturas murais, a estabilização das paredes da capela e a beneficiação do adro e dos caminhos de acesso.

“Com o turismo a afirmar-se de enorme importância estratégica para o desenvolvimento do nosso concelho, a preservação do património edificado e, neste caso concreto, do património religioso também deve acolher a atenção da autarquia”, refere o presidente da Câmara Municipal, Fernando Nogueira, acrescentando: “A Capela de Santa Luzia não é só um ícone religioso de extrema importância, num edifício rico em termos de arquitetura românica e gótica, como é também um símbolo da nacionalidade portuguesa uma vez que nela surge a primeira referência a D. Afonso Henriques enquanto Rei de Portugal”.

Adquirida pela Fábrica da Igreja Paroquial de Campos, a Capela de Santa Luzia estará ligada a um desconhecido mosteiro que, eventualmente, se instalou naquele local numa época muito recuada. Datado pelo menos do século XII, o seu enquadramento rural, algo isolado do conjunto populacional, associado ao facto de ser erigida sob uma nascente de água e inserida no meio de campos agrícolas alagadiços, acentua os problemas de degradação.